Editorial

14/09/2008

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Falta de banco de artérias dificulta transplante em pacientes com arteriosclerose

24/04/2011

A falta de um banco de artérias e veias no Brasil dificulta o início da realização e transplantes em pacientes com arteriosclerose no país. A cirurgia poderia evitar cerca de 10% das 100 mil amputações por ano ocasionadas por doença isquêmica (falta de circulação sanguínea).

“A arteriosclerose é comum de se encontrar após os 60 anos de idade. O grande problema [para o transplante] é que a gente não tem um banco de artérias e veias, que no Brasil não existe ainda”, afirma o cirurgião José Carlos Baptista Silva, coordenador do primeiro transplante do gênero no país.

A cirurgia, comum nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, foi feita por professores da Escola Paulista de Medicina da Universidade de Federal de São Paulo (Unifesp) no dia 25 de janeiro. Foi o primeiro transplante no Brasil de artéria de um doador falecido para salvar um membro sem circulação sanguínea, com risco de apresentar gangrena devido à arteriosclerose.

A Unifesp começou a montar o primeiro banco de artérias e veias do país. “Em breve ele estará pronto”, informa o cirurgião. O transplante feito por professores da instituição teve baixo custo e foi realizado no Hospital São Paulo. O paciente tem 56 anos e é portador de arteriosclerose, além de apresentar histórico de doença renal crônica terminal, hipertensão e de já ter sido submetido a um transplante de rim há dois anos. “A gente tenta todas os outros tratamentos antes. O transplante é em último caso”, diz Baptista.

Durante três meses de consultas ambulatoriais, a equipe médica constatou que o tratamento clínico não apresentou melhora, e que havia risco de amputação. A revascularização seria a única alternativa para evitar a perda da perna. Como o paciente não tinha veias disponíveis para o procedimento, a opção foi usar artéria de doador falecido.

O paciente está em recuperação e o risco de rejeição é praticamente nulo. “Ele não apresenta dor, a circulação está normalizada, a cicatrização das feridas do pé começou e já consegue caminhar”, comemora o cirurgião.

Baptista destaca que cerca de 50% dos casos de arteriosclerose poderiam ser evitados com medidas de prevenção. “Controlar a obesidade, o colesterol, os triglicérides, o diabetes, não fumar e evitar o sedentarismo são fatores essenciais para evitar amputações”, alerta o cirurgião.

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Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Em São Paulo

“Doe palavras”

04/06/2010

O Hospital Mário Penna em Belo Horizonte que cuida de doentes de
câncer, lançou um projeto sensacional que se chama “DOE PALAVRAS”.
Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.
Você acessa o site http://www.doepalavras.com.br escreve uma mensagem de otimismo, curta (como twitter) e sua mensagem aparece no telão para os pacientes que estão fazendo o tratamento.
Participem, não apenas hoje, mas, todos os dias, dêem um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos.

INFORMAÇÕES

15/01/2010
Aos amigos leitores deste blog, informo que para qualquer informação detalhada sobre lista e/ou com se cadastrar para transplantes de córnea ou outro tipo de informação entrem diretamente nos links dos tópicos.

OBRIGADA!

Walkiria

ESCLARECIMENTO: este blog apenas se dispõe a divulgação e incentivo à doação de órgãos e transplantes, no entanto, para você obter maiores informações sobre o Hospital do Olho de Sorocaba, acesse o portal:

Portal HOSBOS:

http://www.bos.org.br/bos/index_bos.html

http://www.hosbos.com.br/

Brasil tem a maior rede pública de transplantes do mundo, mas poucos doadores

17/12/2009

Número de doadores é de 8,6 para cada milhão de habitantes. Na Espanha, índice chega a 36

Agência Brasil

O Brasil tem a maior rede pública de transplantes no mundo e vem registrando um aumento gradativo no número de cirurgias. De acordo com a coordenadora do Sistema Nacional de Trasplantes, Rosana Nothen, apesar da tendência de aumento desde 2006, o número de doadores efetivos é de 8,6 para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, esse número chega a 36 por milhão de habitantes.

Em relação ao transplante de pulmão, o médico assistente do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e professor da USP (Universidade de São Paulo), Paulo Pego Fernandes, explicou que ainda é uma cirurgia relativamente nova no mundo e muito recente no Brasil.

– Tem aumentado, mas ainda é um número baixo. Tem espaço para crescer. Temos feito várias iniciativas, e uma delas é divulgar mais. Fazer o médico lembrar que o paciente dele pode ser um candidato a doador, o próprio paciente e os familiares pensarem nisso.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde de São Paulo, até outubro foram registrados 543 doadores viáveis no estado – que tiveram um ou mais órgãos aproveitados para transplantes -, o que representa 11,7% a mais do que o registrado no ano de 2008, quando foram contabilizados 486 doadores.

No mesmo período, os dados mostram que foram realizados 77 transplantes de coração, 98 de pâncreas, 801 de rim, 443 de fígado e 24 de pulmão.

Segundo Fernandes, a sobrevida depois do transplante de pulmão é de 70 a 80% ao final de um ano e de 50 a 60% ao final de cinco anos.

– Isso levando em consideração que, sem o transplante, nenhum desses pacientes sobreviveria nesse período de cinco anos.

A indicação para o transplante vai para pacientes com doenças muito graves não infecciosas nem câncer.

– É o doente com enfisema, fibrose cística, fibrose pulmonar que está sendo tratada, mas que piora apesar do tratamento. Então ele tem uma qualidade de vida muito ruim e uma perspectiva de vida também ruim.

Uma das novas regras para os transplantes, anunciadas no final de outubro pelo Ministério da Saúde, é o benefício dado a crianças e adolescentes na fila. A partir de agora, eles terão preferência na hora de receber órgãos de doadores da mesma faixa etária.

De acordo com o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, o transplante de rim aumentou 30,28% e o de fígado, 23,17%. No entanto, no mesmo período, os transplantes de coração e de pulmão – que têm mais dificuldades na captação e manutenção dos órgãos – caíram 20,4% e 15,38%, respectivamente.

DIA DO DOADOR DE SANGUE

25/11/2009